terça-feira, 25 de maio de 2010


Cadeião
Detentos são baleados durante tentativa de fuga
Três dos quatro presos do Centro de Detenção Provisória que tentarm fuga foram baleados por um agente penitenciário. Um dos internos conseguiu escapar.

Michel Sousa

Visão de um dos muros do Centro de Detenção Provisória


Uma tentativa de fuga do Centro de Detenção Provisória (CDP), em Pedrinhas, acabou com três presos baleados e um foragido. O caso aconteceu durante a madrugada desta terça-feira, 25.


Quatro detentos conseguiram escapolir da cela Alfa graças à ajuda de uma pequena serra com a qual cortaram parte da grade de contenção. Depois de saírem pela parte de trás da “gaiola” os fujões andaram cerca de 10m até chegarem perto do muro que dá acesso à rua.


Neste momento um dos 14 monitores que estavam na prisão percebeu a movimentação dos presos e alertou o restante da segurança do presídio. Depois de terem sido descobertos os detentos começaram a escalar o muro, mas foram surpreendidos pelo único agente penitenciário de plantão que imediatamente atirou contra os quatro.


No tumulto, três deles acabaram baleados e recapturados: Jeremias Costa Souza, Fábio Aires Nogueira e Francisco de Assis da Silva Lima. Apenas Edson Carlos Mesquita conseguiu escapolir.


O diretor do CDP, Ideraldo Lima Gomes, disse não saber como os detentos conseguiram as serras e nem o porquê delas não terem sido encontradas durante as revistas diárias realizadas pelos monitores e agente penitenciário.


“Esta situação será investigada para saber de que forma os detentos obtiveram as serras usadas na fuga e se houve facilitação por parte dos seguranças do presídio”, informou.


Gomes explicou que em cada plantão existe somente um agente penitenciário (único que trabalha armado) e que o mesmo conta com o apoio de 14 funcionários terceirizados (monitores desarmados) para evitar situações deste tipo.


Os detentos baleados foram levados para o Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão II). A polícia ainda está à procura de Edson Mesquista. O CDP foi criado para abrigar apenas 402 pessoas, mas atualmente possui uma população carcerária de 589 presos. São 187 acima da capacidade da casa prisional.

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